O início de um novo livro de fantasia é sempre desafiador. Ao mesmo tempo que o autor se esforça para explicar o contexto do novo mundo, precisa ficar medindo cada letra, cada palavra, a fim de encontrar o equilíbrio entre uma boa descrição, e algo sucinto que não seja maçante. Creio que até mesmo Tolkien deve ter tido essa dificuldade, porém, como não havia grandes referências, coube ao mestre da fantasia se tornar o padrão, e esbanjar em suas incríveis, porém complexas, descrições de mundo e de cena.
No caso de livros de Alta Fantasia, essa dificuldade se multiplica. O início geralmente é quase uma gênese de um novo universo, e como o "deus" desse lugar, cabe ao autor explicar sobre esse novo mundo de uma maneira interessante e satisfatória, antes que o novo viajante, resolva ir embora.
É fácil? Com certeza não.
No caso do "Em Busca da Coroa", tentei ser o menos didático possível de maneira paradoxal: através de aulas! Ollaff busca contextualizar Rubyo, e no caso, o leitor, sobre a situação geopolítica do mundo de Carbium, e assim, auxiliar os recém-chegados nesse novo mundo. Somado a isso, todo o lore disponível no Instagram do livro, foi na intenção de suplementar os detalhes e informações desse universo fantástico.
É uma decisão cruel para o início da obra: abre-se mão de dinamismo, combates, grandes intrigas ou motivações, para se explicar sobre o "mundo". Há quem ache tedioso, chato, desinteressante... mas para outros, como eu, que gosto da imersão dos universos fantásticos, cada vírgula a mais, é é um pedaço da imagem que se forma desse universo em minha mente, e eu, sempre fui fã dos detalhes e easter eggs deixados pelos autores.
Para tentar agradar a todos, resolvi dispor não só dos primeiros 5 capítulos de forma gratuita — como era o plano original — mas sim, de 6 capítulos, contando com a dinamicidade e complemento que o sexto capítulo traz para a história, tirando da inércia os acontecimentos do início do livro.
Se vai ser o suficiente para que todos os leitores entrem de cabeça na história, o tempo vai dizer, mas que essas primeiras 50 páginas são um passaporte completo para o que Carbium e O Jogo do Rei têm a oferecer, disso tenho certeza.
Espero que gostem e que curtam, comigo, essa jornada de honra, dever, e amizade.
Flaminus!
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